Sistemas de Exaustão Industrial

A exaustão consiste na remoção, por descompressão, de vapores ou gases presentes em um ambiente restrito, sem necessariamente despressurizá-lo, preferencialmente substituindo o fluido danoso ou indesejável, por outro menos maligno, ou neutro.

A necessidade de exaustão é parte de muitos processos, mas basicamente a demanda pela mesma é explicada por umas poucas necessidades primordiais, que serão descritas adiante.

Segurança

Embora segurança seja um aspecto ao qual todos os integrantes de todas as comunidades têm direito, um excelente método de assegurar a viabilidade de um processo consiste, para começar, em garantir a integridade dos que o controlam e operam. Faz parte desta premissa a remoção e o confinamento de gases e vapores sujeitos a temperaturas extremamente frias ou quentes, ou exposição, curta ou prolongada, exponha alguém a desconforto, a riscos de queimaduras ou lesões.

No caso da toxicidade, alguns gases se limitam a produzir riscos de asfixia, caso do Dióxido de Carbono. Outros provocam envenenamento, como o Monóxido de Carbono, e o tão temido Gás Sulfídrico. São gases de alta letalidade, e de efeitos abrangentes.

A corrosão é outro fator a ser mantido em confinamento, pois afeta não apenas a tubulação, como equipamentos, mobiliário, instalações hidráulicas, pneumáticas e elétricas, assim como produtos em transformação, vestimentas e até a pele humana. É através de tubulação e equipamentos propulsores devidamente tratados que os gases corrosivos seguem para confinamento, reciclagem ou neutralização.

A poluição, por sua vez, é um evento a ser evitado, seja pelos efeitos nocivos ao ambiente, seja, como se não bastasse, em decorrência das contrapartidas de responsabilidade civil e criminal. Aplica-se não apenas aos processos existentes, como aos em fase de implantação: é necessário extremo bom-senso e visão de processo, identificando etapas nas quais vazamentos possam se manifestar.

Filtragem

Frequentemente, matérias primas pulverizadas produzem a suspensão de partículas no ar ambiente: ao invés de integrar o produto, geram risco de inalação, danificando tecidos pulmonares, caso de mineradoras, marmorarias, olarias, ou, pior ainda, expondo o ambiente a riscos de explosão, comuns em moinhos e armazéns de cereais e farináceos. A exaustão do ar nesse tipo de empresa possibilita arrastar os particulados para filtros, onde são tirados de circulação, eventualmente reincorporados ao produto em processo.

Retenção de odores e fatores de perturbação

Leis severas determinam que comunidades devem ser preservadas de cheiros, odores, devendo ser mantidos no perímetro da empresa, sob risco de autuações, multas e penalidades. Odores acentuados tem efeitos nauseantes, e a exposição prolongada a odores desagradáveis pode ter efeitos psicodélicos. Como resultado, sujeitam as empresas poluidoras a ações penais, multas, processos, eventualmente, a taxações com incidência através do fator previdenciário.

Exaustores de cozinha

Alimentos em processos de cocção ou assado emitem vapores constantemente, que carregam junto gorduras, proteínas, fluidos vitais de carnes e vegetais. O contato com superfícies mais frias promove a condensação dos referidos fluidos, cujo acúmulo constante se transforma em camada, que pode cobrir paredes, tetos, utensílios, portas, a menos que esses vapores seja captados numa coifa e exauridos para a atmosfera, assegurando o retorno à natureza.

Exaustores eólicos

Denominados erroneamente, pois não dependem de vento, são produtos engenhosos movidos pela convecção. São os gases aquecidos que propelem o rotor. Isentos de motorização, impedem o retorno dos gases, e, por inércia promovem alguma rarefação no ambiente, estimulando a renovação de ar. Quanto mais aquecido o ambiente, mais rapidamente esses dispositivos giram.