Ventiladores Axiais

Inventado em 1.872, o ventilador encontra aplicações em um sem-número de setores. O conceito básico é a criação de uma zona pressurizada frontal, que por inércia desloca o ar localizado adiante. Como a pressurização gerada pela hélice pode ser mantida constantemente, fica estabelecida uma corrente de ar, que pode ser confundida com vento.

Arrefecimento

Uma corrente de ar impelida através de uma estrutura de captação de calor, como um radiador ou um dissipador térmico, permite a remoção do ar parado ao redor desse estágio, possibilitando coloca-lo em equilíbrio térmico. Caso a convecção não seja suficiente para arrefecer o conjunto, esse ar aquecido precisará ser removido das proximidades, cedendo lugar ao ar na temperatura ambiente, o que propiciará então a queda na temperatura do conjunto.

Uma das artes de dimensionar um sistema de arrefecimento consiste de definir quanto calor um ventilador deverá expulsar até que o sistema entre em equilíbrio térmico na temperatura desejada. Antes do advento da automação, o processo consistia de estimar os extremos térmicos a que um sistema estaria exposto, equacionar a capacidade fixa de deslocamento da ventilação, e o sistema era posto para flutuar entre dois extremos toleráveis. Com a retroação, tornou-se possível superdimensionar o sistema de ventilação e a propulsão: a realimentação permite escolher o modo de controle, entre ligar e desligar a ventilação, ou atuar dosando a rotação do ventilador.

Climatização

Também usado como equipamento auxiliar em climatização, o ventilador se torna elemento essencial em equipamentos de ar condicionado. O processo é dinâmico: uma central de fluido gelado, seja água ou freon, circula o fluido por um trocador de calor; o equilíbrio dinâmico do trocador, que evita que se acumule gelo proveniente do ar, é garantido por um potente ventilador, que impulsiona no conjunto o ar ambiente, naturalmente quente, esfriando-o e forçando seu deslocamento para os dutos de distribuição. Sensores estrategicamente colocados possibilitam calcular e dosar não apenas a pressão exercida pelo ventilador, como direcionar defletores de ar, que distribuem o ar refrigerado conforme a demanda de cada ambiente servido. Este tipo de controle equipa automóveis e ônibus, aviões, grandes edifícios, e instalações climatizadas em geral.

Auto-arrefecimento

Propelidos geralmente por motores elétricos, muitas vezes os ventiladores executam a função inversa: solidários aos eixos dos rotores, impulsionam ar, que pode resfriar o rotor, o estator, o pacote de chapas, o ar no entreferro, até o coletor, caso exista. De fato, ao menos em condições normais, motores elétricos não têm limitações de temperatura mínima, o que dispensa controle sobre o ventilador. Quanto mais rápido o motor girar, maior será a potência transferida, mais ar circulará através do motor, auxiliando a mantê-lo arrefecido.

Exaustão

Considerando que tudo é uma questão de referência, o mesmo equipamento que propele possibilita tracionar correntes de ar, assegurando rarefações que contribuam para a renovação do ar, em ambientes que tendam a acumular calor, ou exijam a circulação.

Ventiladores axiais viabilizam aplicações as mais diversas, podendo variar desde homogeneização de misturas gasosas ou temperaturas, culminando em pantomimas usadas em anúncios de rua. A imaginação é o limite.