Ventiladores Centrífugos

Os ventiladores centrífugos são uma variante dos ventiladores axiais, inventados em 1.872. Entre outras vantagens, permitem a dispensa da carenagem, assegurando maior eficiência aliada a ruído acústico reduzido.

Dimensionamento dos ventiladores

Trata-se de dispositivos de funcionamento intuitivo, simples no conjunto: o segredo do adequado desempenho dos ventiladores reside no dimensionamento correto no momento do projeto, que deve considerar o fluido a ser propelido, a vazão necessária, e restrições como: características dos dutos de admissão e de exaustão, espaço disponível, e a energia necessária para propelir o conjunto. Outros detalhes têm a ver com grau de corrosividade ou abrasividade do fluido propelido, o que permite definir o material do impulsor. Materiais mais leves implicam maior eficiência, com a redução da inércia do conjunto, diminuindo o porte do motor e o consequente consumo de energia elétrica. O uso de componentes injetados implica precisão geométrica e rigidez maiores. O uso de impulsores metálicos implica também acabamento superficial, seja visando a redução de atrito, seja na proteção contra ataques químicos ou atmosféricos.

Mancais

Outro fator de escolha são os mancais do impulsor. É nos mancais que se concentram as reações do fluido impulsionado, esforços normais que se revertem em atrito, que sempre age em sentido contrário ao do movimento, reduzindo a eficiência. Os mancais devem ser escolhidos de modo a minimizar os efeitos das reações e do atrito: maximizam a eficiência, reduzem a geração de calor, com impacto direto sobre o porte do motor. Dimensionados na proporção da potência a ser transferida ao fluido impulsionado, os mancais também são afetados pelo ambiente, pelo grau de pureza ou de contaminação presentes neste, a abrasão ou a corrosão do fluido propelido, até mesmo pelas temperaturas a que o conjunto é exposto.

Motorização

O uso de motores padronizados pode implicar diferenças de torque e de rotação entre o disponível e o desejável, muitas vezes impedindo a operação acoplada diretamente ao eixo do motor. De fato é muito incomum a existência de um acionamento com as características exatas necessárias para cada aplicação. É quando entram em cena os ampliadores ou redutores baseados em polias e correias, possibilitando privilegiar ora o torque, ora a velocidade.

A motorização depende totalmente do tipo de uso, a começar pelo tipo de energia elétrica disponível ou admissível. Assim, a operação em ambiente automotivo, salvo exceções, exige motores compatíveis com tensão contínua nominal de 12 ou de 24 V. Algo semelhante vale para ambientes classificados, exigindo, conforme o caso, motores isentos de centelhamento. Ambientes agressivos exigem escolha cuidadosa dos conjuntos, para que resistam aos ataques do processo em que estejam imersos. Nada impede, no entanto, o uso de motores diferenciados, pneumáticos, a vácuo, hidráulicos ou a explosão, caso admissíveis, dependendo de qual tipo de energia é o mais conveniente.

Aplicabilidade

A grande variedade de geometrias possíveis viabiliza aplicações de exaustão ou insuflamento, troca térmica/arrefecimento (que pode abranger desde um engradado de placas de circuito impresso até galpões de produção ou estocagem), ou climatização/condicionamento de ar, purificação de ambientes, pressurização, assim como propulsão de sistemas de malotes empresariais.